domingo, 20 de maio de 2012

caderneta

O sol revela a mesa:
papéis amontoados, conformidades,
um dicionário – rio de palavras.

Domingo é tarde,
o limbo após o almoço,
entre o principio e o fim de algo,
vontades acamadas.

Espero o relógio,
penso no desconcerto das horas -
lá vem a luz que transforma a vida.

Amanhã é um dia do passado,
persistente, impassível.
Começa toda segunda,
não acaba nunca.