quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Força Bruta

O cano de ferro, que compunha com o cimento a mureta da sacada que impedia as pessoas de caírem ou se jogarem lá de cima na calçada da sorveteria, estava solto. Assim, sem motivo aparente ou algo que o induzisse a tal. Duvido que o tenha feito de propósito, mesmo assim, estava solto. Dona Maria, embotada de terror, pensava na tragédia que sucederia dali alguns dias. Paralisados, todos eles, além da já citada Dona Maria, também Seu Olinto, Elimara e o pequeno Antônio Agusto, assistiram o vira-latas Dukakis estatelar-se na calçada e virar uma massa retorcida e confusa de sangue e pêlos. Temeram pelo pequeno Antônio Augusto que daquela cena nada entendeu, nem mesmo que corria o risco de ter final semelhante. Uma massa inerte de braços, pernas, bico e fraldas retorcidos. Rezaram todos, e o cano ficou lá solto, balançando no ar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Início

Desalinhado como um dia de carnaval em Porto Alegre. Escreverei aqui textos imperfeitos