Ao poeta que é preso por dormir na rua,
Que transforma o caos em flechas,
O mundo em livros,
Mas não os vende.
Ao poeta pintor, eletricista,
Que percorre a cidade de ônibus
Ouvindo a mesma música.
Ao poeta que é metade insônia,
Metade transe, de resto mágicas úlceras,
E rega a vida com café e pão,
Ofereço esta adaga.
terça-feira, 31 de março de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
Fuga dos Passáros
Escrever o chão em que pisamos,
Lavar teus pés, ungir a vida.
Separar o nós, ver-te sorrir
Repousada na grama.
Ver-me partir,
sem a solidão.
Cultivar o vermelho,
Dentro do sol de outono.
Desfruta-me com esperança,
Depois foge com os
Passarinhos.
Lavar teus pés, ungir a vida.
Separar o nós, ver-te sorrir
Repousada na grama.
Ver-me partir,
sem a solidão.
Cultivar o vermelho,
Dentro do sol de outono.
Desfruta-me com esperança,
Depois foge com os
Passarinhos.
sábado, 14 de março de 2015
Groove é Amor
Que o amor se derrame lento
Até perder esse nome;
Antes seja um sopro
Do que um bloco glacial
No oceano.
O amor é um baile
Perfumado,
Meus pés erram os teus
E ainda assim dançam.
Nosso groove é um protesto
Romântico.
Até perder esse nome;
Antes seja um sopro
Do que um bloco glacial
No oceano.
O amor é um baile
Perfumado,
Meus pés erram os teus
E ainda assim dançam.
Nosso groove é um protesto
Romântico.
segunda-feira, 9 de março de 2015
Tempus Autumnus
Quando a cidade
Esvazia o espírito
E ouve o rio,
Pássaros tecem
O fim do verão.
Cessa a passagem febril,
A palavra irrompe sóbria
No imprescindível lugar
E ajusta a linha melódica
Do poema.
Esvazia o espírito
E ouve o rio,
Pássaros tecem
O fim do verão.
Cessa a passagem febril,
A palavra irrompe sóbria
No imprescindível lugar
E ajusta a linha melódica
Do poema.
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