terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

sobre a impaciência:

Sobre o que escreverei hoje? Que palavras me aguardam para além das grades e das janelas, lá fora, no céu ainda molhado? Sobre o que eu escreveria hoje se fosse um lápis ou fosse uma melodia, uma nota que se estende indefinidamente, tão longe quanto um peixe pode ir salgando o mar ou o cheiro do café num sonho?
E se eu fosse o homem fabril das palavras, um inventor qualquer de vírgulas, sobre o que eu escreveria hoje?
Sem dúvidas, um poema torto.

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