O homem dá adeus ao cavalo
E da terra extrai um lápis
Impregnado de noite.
Olha em diagonal
Mulheres navegando garotos,
Consumindo cigarros sem prazer.
Olha os carros percorrendo
Ruas de chão batido.
O homem vertical nada vê
Suspirando o mofo da cidade,
Suspeitando das verdades impressas,
O sexo flácido nas mãos enferrujadas,
A vida despida de nuvens
À sombra de uma escada.
Nossas vozes poderiam se cruzar
Em algum ponto entre o desencontro
E o desencanto,
Mas deixo-as nuas na claridade augusta.
Talvez eu pudesse escrever outras estórias
Se não tivesse o corpo em chamas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário