terça-feira, 31 de março de 2015

Celebração

Ao poeta que é preso por dormir na rua,
Que transforma o caos em flechas,
O mundo em livros,
Mas não os vende.

Ao poeta pintor, eletricista,
Que percorre a cidade de ônibus
Ouvindo a mesma música.

Ao poeta que é metade insônia,
Metade transe, de resto mágicas úlceras,
E rega a vida com café e pão,
Ofereço esta adaga.