para Madeleine Peyroux
Existe, há tempos, um rio
correndo dos campos
até o asfalto,
cobrindo a cidade.
Das ruas onde navegam corações,
veias cintilantes confusas,
cães ladrando,
motores.
Eu vou rua abaixo,
Liberta-me!
Eu desço o rio,o ventre rasgado,
as calças sujas de saudade;
Eu desço o rio de pedras,
um corpo de olhos abertos.
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