sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O cão da estrada

No campo – cidadestino, onde as casas perderam o chão, encostei os pés flagelados.
Perdida a luneta de encontrar cão.
Escutei risadas, dentes à mostra, mapa da pele. O prazer da boca oculto floresce.
Escola aberta.
Enchi os bolsos com pedras. Pedi pra ficar. A lua apontou o caminho do nunca.
“A terra te abraça. Segue.”
A voz não tem rosto. O asfalto guia quem não tem fé. Deus de olhos escuros.
Na estrada, os cães não ladram.

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