Amanhã é preciso cortar a grama
E pagar a luz
Pagar as contas da vida
E da solidão
Amanhã é preciso tirar o mármore do rosto
Desenterrar o temor da morte
E o ferro dos ossos
Meu rosto espreita o amanhã
Como se já o conhecesse
Porém se engana
E perde-se nas horas mofinas da madrugada
Acordado, finge dormir
Enquanto ao largo a vida corre
E o amanhã nunca vem
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